European Multilingual Blogging Day 2012

November 14th is European Multilingual Blogging Day 2012, an event organised by the Euonym blog as part of Internet Week Europe. This post on the Diaries is meant to mark the occasion.

The piece, which will be the first on this blog to include a language other than English, has an interesting story behind it that makes it particularly special for me.

It all goes back to summer 2011, when Raluka Sandu, a student of Applied Languages at the University of Rouen, contacted me to ask if I would like to contribute to her final project. Part of the assignment involved interviewing a language professional about their work and presenting the results to the class.

Raluka wanted to add a twist to the interview by holding it as many different languages as possible. A quick check revealed that she and I have four languages in common: English, French, Spanish and Portuguese (I don’t speak Romanian and Raluka doesn’t speak Dutch or German). We agreed that she would ask me two questions in each language. I did my best to provide grammatically correct replies (any errors readers may detect in the interview below are my fault and mine alone!).

A final note before we start: I don’t often share personal information on my blog, so I guess this post, which explains how one small-town girl from the Canadian prairies came to be a conference interpreter for the European Institutions, is an exception in more ways than one. Enjoy!

1) Which are your working languages?

I work from French, Spanish, Dutch and German (my C languages) into English (my A language or mother tongue). I am also currently learning Portuguese with a view to adding it as a C language at some point in future. I don’t have a retour or B language; in other words, I don’t work from English into any of my other languages.

2) Qu’est-ce qui vous a donné le goût de l’interprétariat?

C’était ma belle-soeur qui m’a donné l’idée de devenir interprète. Elle m’avait parlé d’une annonce qu’elle avait vue dans la Faculté des Arts de l’Université au Canada où je faisais mes études à l’époque (c’était en 1994) du « stage » ou formation interne offerte par le SCIC, le Service Commun d’Interprétation et Conférences (SCIC) de la Commission Européenne à Bruxelles. Bien que je n’aie pas fait le stage (parce que quand j’ai finalement décidé d’étudier l’interprétation en 1999, le SCIC avait déjà abandonné la formation interne), cette conversation « innocente » a piqué mon intérêt pour la profession et a fini par déterminer mon futur.

3) ¿Cuál fue su formación académica?

Me licencié en lenguas modernas (francés y alemán) en la Universidad de Alberta en Edmonton, Canadá (hay que decir que sólo me decanté por el alemán, porque no ofrecían el neerlandés, que es lo que realmente quería estudiar). Durante mis estudios, pasé un año académico en Marburgo, Alemania, donde seguí cursos del segundo ciclo (Hauptstudium) de filología alemana. Al mismo tiempo seguía con mis estudios de neerlandés – que había empezado en 1990-91 durante mi estancia de un año en los Países Bajos – y en 1994 conseguí el certificado avanzado de neerlandés como idioma extranjero (el CNaVT, equivalente al DELE para el español).

En 1999, después de haber trabajado durante unos años como traductora en Alemania, decidí intentar cumplir el sueño que me había acompañado desde aquella conversación fatídica con mi cuñada y formarme en interpretación de conferencias. Me informé sobre varios cursos, pero al final me decanté por el Máster en Técnicas de la Interpretación de Conferencias (MA en Conference Interpreting Techniques) de la Universidad de Westminster en Londres. Hice el Máster durante el curso académico 1999-2000.

4) Qual foi o seu percurso profissional?

Como já comentei, antes de ser intérprete de conferências trabalhé como tradutora, mas vou centrar-me no meu percurso profissional como intérprete. Depois de terminar o curso de formação en Londres fiz o teste de acreditação do SCIC. Passei no teste y por isso convidaram-me a formar parte do Programa dos Jovens Intérpretes (“Young Interpreters Scheme” em inglés, “insertion” em francés), que durou um ano. Depois comecei a trabalhar para o SCIC como intérprete freelance. Em 2004 as Instituções Europeias crearam uma lista conjunta dos intérpretes freelance e neste momento comecei a trabalhar para o Parlamento Europeio. Também em 2004 recibí o meu primeiro encargo no mercado privado, como intérprete no “Forum Universal das Culturas” em Barcelona. Y até hoje continuo assim, a repartir o tempo entre o trabalho para o SCIC (que agora se chama DG Interpretation) en Bruselas e Espanha, os plenos do Parlamento e alguns encargos no mercado privado. Recentemente comecei a trabalhar para o Tribunal de Justicia em Luxemburgo também.

5) If you were to characterise the profession of conference interpreter in three words, what would those be?

Always something new!

6) Y’a-t-il des aspects négatifs dans ce métier?

Pour moi, le seul aspect négatif est la nécessité de voyager beaucoup. J’habite aux Îles Canaries, mais je travaille a Strasbourg, Bruxelles, Luxembourg, Barcelona, Alicante … J’ai deux enfants qui sont très compréhensifs et ne se plaignent pas trop de sa “maman absente”, mais j’aimerais bien pouvoir être plus de temps chez moi avec ma famille. Et les longs voyages en avion sont très ennuyants.

7) Una pequeña pregunta bastante indiscreta: ¿Cuál fue su salario(sueldo?) al principio de su carrera y cuál es su salario ahora?

Cuando empecé a trabajar para el SCIC en 2000, el sueldo diario para un freelance rondaba los 425€ (o el equivalente en francos belgas), aunque como principiante o “intérprete de categoría 2”, sólo ganaba el 72% de esta cantidad. Después de 100 días (que hoy son 250) en la categoría 2, pasé a categoría 1 y empecé a cobrar el sueldo íntegro. Hoy en día el sueldo para un día de trabajo en las Instituciones Europeas es 548,59€. El sueldo aumenta cada seis meses siguiendo unos criterios de indexación establecidos. Las condiciones de trabajo (el sueldo incluido) son objeto de un convenio colectivo negociado entre las Instituciones Europeas y la Asociación Internacional de Intérpretes de Conferencia (AIIC) actuando como representante de los intérpretes en las negociaciones.

8) Que conselhos você daria a um jovem que quer ser um dia intérprete de conferência?

Eu diria que antes de decidir-se para a interpretação, é importante informar-se sobre as realidades da profissão, porque nao é tão romántica como as pessoas acreditam. É preciso averiguar a situação do mercado para a sua lingua, porque é possivel que nao haja muito trabalho. Também é possivel que tenha que aprender mais linguas antes de estudar a interpretação.

Se depois de te ter informado ainda desejas ser intérprete, é interesante saber que não é preciso estudar filología o tradução antes de comecar com a interpretação. Pode-se estudar direito, medicina, engenhería ou qualquer outra coisa.

Os interesados também deveriam ter em conta o facto de que os intérpretes costumam trabalhar em situações de estrés, entao se nao manejes bem o estrés, tal vez nao seja a profissão ideal para ti.

Finalmente, é conveniente ter uma forte curiosidade sobre o mundo, porque a vida do intérprete é uma aprendizagem contínua.

So, there you have it. Thanks again to Raluka for giving me the opportunity to share my story, and congratulations to her as well for the magna cum laude she was awarded on her degree! See you all next week…